O Nada a Coexistir


Eu vi na multidão um só coro
Decisão
Era o julgamento do tal
Sentimento
Cantaram as saudades protestas
Vaidade
Acorrentaram-se os segredos dos amantes
Receios
Pararam ao muro aquele
Gesto
Contemplaram o olhar vazio
Lágrimas
A torre guardava o fio prestes a rebentar...
De-sen-can-to
- Vamos a matar Eros!
Dentre os amores não-correspondidos
Mágoa
O ser que se perdeu e vaga
Em alma insípida babacada
Acaba.

Lira Andracius

Fontes:
http://manucp1.blogspot.com/poema

2 comentários:

Gabriela disse...

Elaine, quanto tempo!!
Feliz 2011 pra você! Some não!

beijos

Penélope disse...

Pois é, menina, essa coisa de co-existência é tão complicada quanto a própria existência.
Existir ou co-existir - ambas opções são cruciais...
Gostei da jogada das ideias dentro do poema.
Abraços.