Harpas e uma canção de silêncio
conchas abertas a poente
mãos em murmúrio crescente
vozes círios de ternura
e seja paixão ou luxúria os
corpos pulsam ardentes
Tu e eu este veio de sonho,
nestas crateras ternas infernais
este magnetismo que nos junta
e nos dobra em puros metais
Este caminho raso na montanha
esta dor sem orla que me estendes
e eu corça insolente que a percorro
em vagares de desejo intenso
Unidos num poema lábios e fontes
as mãos as âncoras que soltamos
o teu peito esta esteira de volúpia
a vontade de ti a rima que me pulsa
Unidos num poema somos trança
das palavras que nos atravessam
quando no desejo nos dizemos
e no seu âmago nos fundimos
Acesos na noite apenas brisa
Despertos no dia apenas sol
Na dobra do medo apenas corpos
Na fuga dos fluidos apenas deuses
Por isso hoje me vesti de Primavera
esta síntaxe de ervas trepadeiras
este tapete de flores e folhas de hera
esta vontade dos corpos na entrega
Por isso o meu corpo é este poema
Por isso o desejo assim te acena...
Sara
Fonte: www.oblogdalibelua.blogs.sapo.pt
2 comentários:
Unidos em poema..
lindo
Beijos
Oi, Elaine...
Lembrando o que vc escreveu sobre a síndrome do Pânico,, espero que vc passe dessa fase... É difícil, mas tem sim saída...
Belo poema... e tbm a imagem!
Beijinhos!!!
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