Erros Meus, Má Fortuna, Amor Ardente!
Erros meus, má fortuna, amor ardente
Em minha perdição se conjuraram;
Os erros e a fortuna sobejaram,
Que pera mim bastava amor somente.
Tudo passei; mas tenho tão presente
A grande dor das cousas que passaram,
Que as magoadas iras me ensinaram
A não querer já nunca ser contente.
Errei todo o discurso de meus anos;
Dei causa que a Fortuna castigasse
As minhas mal fundadas esperanças.
De amor não vi senão breves enganos.
Oh! quem tanto pudesse, que fartasse
Este meu duro Gênio de vinganças!
Luís Vaz de Camões
About author: Elaine Crespo
Elaine Crespo, adoradora de blogs, escrever, ver o pôr do sol, internet, chocolate, livros, filmes e séries.
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2 comentários:
Mestre Camões!
Pesado, hein?
Mas, lindo poema!
=]
*Te espero lá!
Gosto deste tipo de poema, que sempre desloca os erros alheios para a culpa que não conseguimos deixar de sentir...
Me fizeste sentir tocado, como sempre...
E, sobre o filme CHICO XAVIER, não é ruim não. Pode ir tranqüila com dona Aracy, que possui boas cenas. Meu problema com ele é mais interno, coisa de gente resmungona (risos)
Fica bem, amiga querida.
Beijão!
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