Entre Dois Corações


Lua cheia, noite de festas e louvores
A bailarina está indecisa entre dois amores
O trapezista e o poeta
Um enamorado, outro indiferente
Se aproxima o trapezista, em meio a tanta gente
O poeta se afasta dela, sutilmente
Muita dança, risos e alegria
A bailarina entristece, com a falta de poesia
Procura seu poeta, na madrugada fria
Ele se afasta, se esconde
Ela observa sua silhueta, ao longe
O sentimento é de profunda dor
Ela é beijada pelo outro amor
O trapezista abre o coração
A bailarina fica sem chão
Prefere o poeta, ele tem rima
É diferente, a prende como um imã
Porém ele nunca se aproxima
E vai secando a fonte de água cristalina
E nesta disfarçada beleza
A bailarina esconde sua tristeza
Cheia de mistérios, sofre quieta
Com esperança de viver sua paixão secreta.


Taís Mariano

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