Você acha que eu acredito em Deus?



Fui criada em uma família Católica Apostólica Romana, minha mãe é super religiosa assim como meu pai. Sou batizada, fiz primeira comunhão, me crismei, fiz curso de noivos e me casei na igreja Católica. Meu marido conheci Católico e frequentávamos a igreja aos domingo depois de casados. Batizamos nossos filhos, e o meu filho mais velho fez primeira comunhão, mas minha segunda filha não. Não porque ela e nem eu não desejássemos, mas a idade em que ela deveria fazer o catecismo coincidiu com meu câncer e todas as tragédias que aconteceram no ano em que ela devia se preparar.

Depois do câncer e morte de meu pai fiquei mesmo muito revoltada e questionava tudo a minha volta. Não acreditava mais em nada. A vida fica muito difícil, sem fé, mas naquele momento me sentia traída por todos, me afirmaram que meu pai estava curado e eu não tinha tumor maligno, e em menos de três meses eu tinha sido mutilada e meu pai havia morrido do linfoma.


E assim eu pensava no que tinha lido na Bíblia: “ Não cairá uma folha de uma arvore sem a minha permissão” Então tudo foi permitido por um Deus? Por que ele não age, porque não impede tanta desgraça? Nada foi feito para mudar. Estava revoltada, não acreditava em Deus e nem na instituição chamada igreja. Que só existe para impor regras, por pessoas que se dizem abençoadas. Todas elas baseadas em um livro que abre espaço à tantas interpretações.


Um dia minha filha Isadora, muito sábia, senta junto de mim e fala que Deus é como um pai que ama todos os filhos e que deu livre arbítrio a todos, que não quer ver nenhum deles infeliz, mas que o mundo foi e será sempre assim, pois tudo isto está na essência humana. Existe o outro lado para tudo, e se a medicina não curasse vovó ela teria morrido e se vovô morreu foi porque chegou a hora dele. E que sendo filha de Deus ele me amava como todos os seus outros filhos e não era ele o responsável pelas coisas ruins do mundo e que cabe a cada um de nós fazermos nossas escolhas e viver com a certeza que estamos fazendo o melhor. E me indicou ler o livro “A Cabana" que seria uma maneira diferente de conhecer Deus e me reencontrar com ele. E foi o que eu fiz.


Hoje, acredito em Deus Pai, Filho e no Espirito Santo desvinculada de qualquer instituição religiosa que me queira me impor regras, formas de viver, dogmas e ou que quer que seja. Não sei se da maneira certa, para os outros, mas para mim esta é a forma correta. E você acha que eu realmente acredito em Deus? Sim, eu acredito em Deus, mas do meu jeito.



Elaine Crespo

2 comentários:

Olá, querida Elaine
Seja sempre vc mesma porque Jesus sempre foi transparentíssimo... Deus ama Vc do jeito que vc é... Não ligue pro que falem de vc... se tiver a consciência reta... agradará muito ao nosso Bom Deus...
Bjm fraterno

Rô... disse...

oi minha amiga,

não importa o nome que os homens dão à crença,
o que importa realmente é em que e em quem acreditamos,
porque o Deus é único,
onipotente e onipresente...
e ele nos conhece como ninguém!

beijinhos