Traço


É este o traço que perfila o pensamento
estas linhas que eu escrevo
- e outras quantas mais-

Como botes viajando viagens de incertezas
lágrimas louvando alegrias e tristezas
paraísos de fúrias onde afogo o sofrimento
lagos cristalinos obde pousam os meus ais.

São palavras, apenas palavras
-bem sei-
rostos de vivências, mensagens recolhidas
o que sobra dos despojos
-espólio parco-
rumos que fui tangendo pouco a pouco
horizontes que talhei
o olhat tão longe
-longe e louco-
sendas sem destino, sinas redimidas
ao leme porfiado nunca exausto do meu barco.

Estórias que vou contando
sem páginas, sem livros, sem autor
memórias esculpidas
-sem nomes nem moradas-
tumultos de água frescas que lavaram
laivos rubros culpados por amor
esperanças em surdina libertadas
por entre as névoas que carpiram o meu jardim....

Rosas brancas- escassas- que restaram
dentro desta alma que se moldou dentro de mim.

Eterea

Fontes:
www.oblogdalibelua.blogs.sapo.pt
www.photobucket.com

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