
Num jardim de altos muros
Essa noite fui passear,
Guiado por um anjo negro
Que em todos lugares me fez passar.
Nesse jardim de altos muros
Que a luz impedia entrar,
Era frio, morto, escuro...
Para onde quer que pudesse olhar.
Flores mortas pelo chão,
Fragrância de rosas murchas no ar...
A morte era muito presente ali
Não havia mais vida naquele lugar.
Em seus corredores longos e escuros
Eu percebia ao caminhar...
Que nem mesmo a poderosa quimera
Em seu interior conseguiria ficar.
Vultos sem face, corpos sem coração
Lar dos condenados à eternidade
De viver sem vida
De morrer em vão
Onde encontrei tal jardim, tão cheio de desolação
A resposta causou me espanto, desespero, frustração
Percebi que o Jardim das Almas Mortas
Estava dentro de meu coração.
Homem de Preto
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