Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos,
já não se adoçará junto a ti a minha dor.
Mas para onde vá levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarás a minha dor.
Fui teu, foste minha. O que mais? Juntos fizemos
uma curva na rota por onde o amor passou.
Fui teu, foste minha. Tu serás daquele que te ame.
daquele que corte na tua chácara o que semeei eu.
Vou-me embora. Estou triste: mas sempre estou triste.
Venho dos teus braços. Não sei para onde vou.
Do teu coração me diz adeus uma criança.
E eu lhe digo adeus.
Pablo Neruda
Fontes:
http://pensador.uol.com.br/poema
http://media.photobucket.com/imagem
1 comentários:
Olá Elaine:
Você despertou o meu Neruda. Procurei no armário "20 poemas de amor e uma canção desesperada", mas nada. Vasculhei uma frase comovente do poeta em 'Confesso que vivi', testemunhando o cisne moribundo:"Assim aprendi que os cisnes não cantam quando morrem". Por sorte, hoje, na rede de PCs tem tudo. O endereço para um lindo fim de semana: http://www.paixaoeromance.com.br/poetasfamosos/neruda/neruda_vinte_poemas/01/poema01.htm
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