Despedir-se


Que canto há de cantar o indefinível?
O toque sem tocar, o olhar sem ver
A alma, amor, entrelaçada dos indescritíveis.
Como te amar, sem nunca merecer?
Amar o perecível,
o nada,
o pó,
é sempre despedir-se.


Hilda Hilst

1 comentários:

Carolina disse...

Aii que medo! Qdo aapreceu o título do psot cheguei a parar. Que medo de mais um blogueiro se despedindo de nós, abandonando o barco.. ainda bem que é um poema. E dos bons, Hilda Hirst, senhora de si!

bjão