O Ciúme
Entre as tartáreas forjas, sempre acesas,
Jaz aos pés do tremendo, estígio nume,
O carrancudo, o rábido Ciúme,
Ensanguentadas as corruptas presas.
Traçando o plano de cruéis empresas,
Fervendo em ondas de sulfúreo lume,
Vibra das fauces o letal cardume
De hórridos males, de hórridas tristezas.
Pelas terríveis Fúrias instigado,
Lá sai do Inferno, e para mim se avança
O negro monstro, de áspides toucado.
Olhos em brasa de revés me lança;
Oh dor! Oh raiva! Oh morte!… Ei-lo a meu lado
Ferrando as garras na vipérea trança.
Bocage
Fonte:
www.blogdospoetas.com.br
About author: Elaine Crespo
Elaine Crespo, adoradora de blogs, escrever, ver o pôr do sol, internet, chocolate, livros, filmes e séries.
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2 comentários:
Aiai... Nefasto sentimento... Não suporto ser vítima dele!
Fazia tempo que nao lia Bocage!
Beijinhos...
Dele fui vítima pouquissimas vezes, talvés por não ter tido tantos amores rsrsr...
Bjssss
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