Celebrção
Amo as manhãs que se anunciam lentas
e se desenrolam entre os meus lençóis
suspensa a vida num estendal de roupa
esquecido o dia num raio de sol
Amo o dia que será . Mantas de arminho
na crista azul do céu - nuvens tão plácidas
recostadas no horizonte - ausentes como eu
e a intocável incerteza das marés que virão
Amo a serena inconstância do desejo
a celebração sempre adiada do meu corpo
a música que envenena as madrugadas
e os sonoros clamores do silêncio na calçada
Amo os astros que se encobrem nas manhãs
as claras fontes que regam a memória
os ninhos que os dois fazíamos outrora
e a tua alma incandescente de espuma
Amo a vida porque sou filha dos prados
e nasci nos jardins inventados pela bruma
sou neblina que busca o peito amado
sou o clamor dos mares incendiados
Cantarei todas as manhãs do mundo
para te doar a foz desperta do meu corpo
venha Junho, venha o mês dos frutos
e as manhãs serão sempre o nosso porto...
Fonte:www.oblogdalibelua.blogs.sapo.pt
About author: Elaine Crespo
Elaine Crespo, adoradora de blogs, escrever, ver o pôr do sol, internet, chocolate, livros, filmes e séries.
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1 comentários:
Me sinto um velho gitano em woodstock,blog teu percebendo,diferenciado,de cores e sons inundados,good!
Em campos de girassois meus ,andarilhastes,pouse nele,e seja um deles(girassois).
Pelo teu perfil,escorpion pareces affmaria!
Uma tarde boa
e Viva La Vida
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