maio 19, 2010

O Ciúme


Entre as tartáreas forjas, sempre acesas,
Jaz aos pés do tremendo, estígio nume,
O carrancudo, o rábido Ciúme,
Ensanguentadas as corruptas presas.

Traçando o plano de cruéis empresas,
Fervendo em ondas de sulfúreo lume,
Vibra das fauces o letal cardume
De hórridos males, de hórridas tristezas.

Pelas terríveis Fúrias instigado,
Lá sai do Inferno, e para mim se avança
O negro monstro, de áspides toucado.

Olhos em brasa de revés me lança;
Oh dor! Oh raiva! Oh morte!… Ei-lo a meu lado
Ferrando as garras na vipérea trança.

Bocage

Fonte:
www.blogdospoetas.com.br

2 comentários:

  1. Aiai... Nefasto sentimento... Não suporto ser vítima dele!
    Fazia tempo que nao lia Bocage!
    Beijinhos...

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  2. Dele fui vítima pouquissimas vezes, talvés por não ter tido tantos amores rsrsr...

    Bjssss

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