Vimos a lua nascer, na tarde clara.
Orvalhavam diamantes, as tranças aéreas das ondas
E as janelas abriam-se para florestas cheias de cigarras.
Vimos também a nuvem nascer no fim do oeste.
Ninguém lhe dava importância.
Parece uma pena solta – diziam.
Uma flor desfolhada.
Vimos a lua nascer, na tarde clara.
Subia com seu diadema transparente,
Vagarosa, suportando tanta glória.
Mas a nuvem pequena corria veloz pelo céu.
Reuniu exércitos de lã parda,
Levantou por todos os lados o alvoroto da sombra.
Quando quisemos outra vez o luar,
Ouvimos a chuva precipitar-se nas vidraças,
E a floresta debater-se com o vento.
Por detrás das nuvens, porém,
Sabíamos que durava, gloriosa e intacta, a lua.
Cecília Meireles
Mais uma que eu não conhecia da Cecília, adorei ler!
ResponderExcluirbeijos
Tbm adorei ler...
ResponderExcluirPerfeito
Tenha um bom dia!
Abraços
Perfeição: seu nome é Cecília.
ResponderExcluirBjs.
Passando apenas para te deixar um carinho e acabei vendo a lua... Beijos Elaine.
ResponderExcluirCecília é tudo de bom, né?
ResponderExcluirLindo!
bjos meus
Cecilia traduziu muito bem a lua e seus encantos q ela despertam.
ResponderExcluirLindo fds pra ti^^
Bjss no ♥
*tem um selinho pra vc no blog*