Não brindemos.
Não comemoremos.
Porque a alma não resiste
e desiste.
Vamos vibrar à frente dos tolos,
vamos dançar no meio da rua,
vamos beber poesia
e fumar nossa cultura lírica.
Se não se pode namorar a noite,
que então os belos se arrumem pro dia
e mostrem com orgulho cacos de vidro
refletindo ao sol.
Vamos entornar paixões diabo a quatro
e cair nas calçadas
entrelaçados de amor amigo.
E se tivermos pressa
é porque a alma não pára
porque não tem passado.
E nós, tão defensores de nós mesmos,
não vemos a vida – etílica –
que nos vicia dia-a-dia.
Mas bebemos da noite em doses generosas
e disfarçamos a lágrima num sorriso tímido
(mas sincero).
Marcel
Fontes:
1 comentários:
Elaine,muito linda e forte poesia que escolheu!Uma poesia para beber e saborear devagar,adorei!bjs,
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