Eu sou a que no mundo anda perdida
eu sou a que na vida não tem norte,
sou a irmã do sonho, e desta sorte
sou a crucificada… a dolorida
Sombra de névoa tênue e esvaecida
e que o destido amargo, triste e forte,
impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…
Sou aquela que passa e ninguém vê
Sou a que chamam de triste sem o ser
Sou a que chora sem saber por quê
Sou talvez a visão que alguém sonhou.
Alguém que veio ao mundo pra me ver
E que nunca me encontrou!
Florbela Espanca
Fontes:
1 comentários:
Um belo poema desta poetisa portuguesa que muito nos encanta com seus sonetos...
Abraços, minha querida e lindo domingo!!!
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