Amar! Mas d'um amor que tenha vida...
Não sejam sempre tímidos arpejos,
não sejam só delírios e desejos
d'uma doída cabeça escandecida...
Amor que viva e brilhe! Luz fundida
que penetre o meu ser - E não só beijos
dados no ar - Delírios e desejos -
Mas amor... Dos amores que têm a vida...
Sim, vivo e quente! E já a luz do dia
não virá dissipá-lo nos meus braços
como névoa da vaga fantasia...
Nem murchará o sol à chama erguida...
Pois que podem os astros dos espaços
contra uns débeis amores... Se têm vida?
Antero de Quental
Amor Vivo
About author: Elaine Crespo
Elaine Crespo, adoradora de blogs, escrever, ver o pôr do sol, internet, chocolate, livros, filmes e séries.
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