Perdida
Tento quebrar o vazio que há em mim
através de palavras insignificantes
Deixo-as sair em simples lágrimas
que me acompanha todos os instantes
Sei que o que sou não te agrada
mas não posso ser mais do que sou
Apenas posso ser eu
eu sou a alma que o vento levou
Menina de pulso frágil sem orgulho
de olhos sensíveis e chorões
Não sou mais que um corpo vazio
procurando-se em mil corações
Lamento não ser o que desejas
mas lamento mais não conseguir ser feliz
Não posso forçar o meu destino
deixando-o como Deus quis
Tudo a minha volta me quebra
havendo algo que me quebra mais
É a falta de inspiração que me sufoca
afastando-me mais do meu cais
Vivo das minhas palavras
alimento-me dos meus versos
Bebo as minhas lágrimas
sorrindo com os meus restos
A falta de incentivos que me quebram a alma
matam-me conforme passa o tempo
Procuro palavras no meu mundo
deixando-me navegar pelo templo
E assim vou morrendo
conforme o tempo passa
As portas fecham-se para mim
e eu fico aqui
Rodeada de sangue
esperando pelo fim
Tentando encontrar outro mundo
que não se encontra dentro de mim
Não é tudo o que sinto
mas é tudo o que consigo escrever
Esperando pelo momento de ser feliz
até que um dia deixe de viver
Filipa Vasconcelos
About author: Elaine Crespo
Elaine Crespo, adoradora de blogs, escrever, ver o pôr do sol, internet, chocolate, livros, filmes e séries.
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