Canção de Paz - Um Feliz Ano Novo





Tão bom
se as nações de toda a Terra 
cantassem juntas a canção da PAZ, 
repudiando a guerra.
Que bom
se a vida de cada dia  
fosse um exemplo capaz.
Ah! Se o Ano Novo
fosse um eco de harmonia,
ressoando cada vez mais...
Abrace essa esperança,
sem olhar para tráz,
é possível,
a gente alcança,
felicidade se faz.

Ivone Boechat

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Pensar é Transgredir



Não lembro em que momento percebi que viver deveria ser uma permanente reinvenção de nós mesmos para não morrermos soterrados na poeira da banalidade embora pareça que ainda estamos vivos.
Mas compreendi, num lampejo: então é isso, então é assim. Apesar dos medos, convém não ser demais fútil nem demais acomodada. Algumas vezes é preciso pegar o touro pelos chifres, mergulhar para depois ver o que acontece: porque a vida não tem de ser sorvida como uma taça que se esvazia, mas como o jarro que se renova a cada gole bebido.
Para reinventar-se é preciso pensar: isso aprendi muito cedo. Apalpar, no nevoeiro de quem somos, algo que pareça uma essência: isso, mais ou menos, sou eu. Isso é o que eu queria ser, acredito ser, quero me tornar ou já fui. Muita inquietação por baixo das águas do cotidiano. Mais cômodo seria ficar com o travesseiro sobre a cabeça e adotar o lema reconfortante: "Parar pra pensar, nem pensar!"
O problema é que quando menos se espera ele chega, o sorrateiro pensamento que nos faz parar. Pode ser no meio do shopping, no trânsito, na frente da tevê ou do computador. Simplesmente escovando os dentes. Ou na hora da droga, do sexo sem afeto, do desafeto, do rancor, da lamúria, da hesitação e da resignação.
Sem ter programado, a gente pára pra pensar.
Pode ser um susto: como espiar de um berçário confortável para um corredor com mil possibilidades. Cada porta, uma escolha. Muitas vão se abrir para um nada ou para algum absurdo. Outras, para um jardim de promessas. Alguma, para a noite além da cerca. Hora de tirar os disfarces, aposentar as máscaras e reavaliar: reavaliar-se.
Pensar pede audácia, pois refletir é transgredir a ordem do superficial que nos pressiona tanto.
Somos demasiado frívolos: buscamos o atordoamento das mil distrações, corremos de um lado a outro achando que somos grandes cumpridores de tarefas. Quando o primeiro dever seria de vez em quando parar e analisar: quem a gente é, o que fazemos com a nossa vida, o tempo, os amores. E com as obrigações também, é claro, pois não temos sempre cinco anos de idade, quando a prioridade absoluta é dormir abraçado no urso de pelúcia e prosseguir, no sono, o sonho que afinal nessa idade ainda é a vida.
Mas pensar não é apenas a ameaça de enfrentar a alma no espelho: é sair para as varandas de si mesmo e olhar em torno, e quem sabe finalmente respirar.
Compreender: somos inquilinos de algo bem maior do que o nosso pequeno segredo individual. É o poderoso ciclo da existência. Nele todos os desastres e toda a beleza têm significado como fases de um processo.
Se nos escondermos num canto escuro abafando nossos questionamentos, não escutaremos o rumor do vento nas árvores do mundo. Nem compreenderemos que o prato das inevitáveis perdas pode pesar menos do que o dos possíveis ganhos.
Os ganhos ou os danos dependem da perspectiva e possibilidades de quem vai tecendo a sua história. O mundo em si não tem sentido sem o nosso olhar que lhe atribui identidade, sem o nosso pensamento que lhe confere alguma ordem.
Viver, como talvez morrer, é recriar-se: a vida não está aí apenas para ser suportada nem vivida, mas elaborada. Eventualmente reprogramada. Conscientemente executada. Muitas vezes, ousada.
Parece fácil: "escrever a respeito das coisas é fácil", já me disseram. Eu sei. Mas não é preciso realizar nada de espetacular, nem desejar nada excepcional. Não é preciso nem mesmo ser brilhante, importante, admirado.
Para viver de verdade, pensando e repensando a existência, para que ela valha a pena, é preciso ser amado; e amar; e amar-se. Ter esperança; qualquer esperança.
Questionar o que nos é imposto, sem rebeldias insensatas mas sem demasiada sensatez. Saborear o bom, mas aqui e ali enfrentar o ruim. Suportar sem se submeter, aceitar sem se humilhar, entregar-se sem renunciar a si mesmo e à possível dignidade.
Sonhar, porque se desistimos disso apaga-se a última claridade e nada mais valerá a pena. Escapar, na liberdade do pensamento, desse espírito de manada que trabalha obstinadamente para nos enquadrar, seja lá no que for.
E que o mínimo que a gente faça seja, a cada momento, o melhor que afinal se conseguiu fazer.

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Não sinto nada mais ou menos....



Não sinto nada mais ou menos, ou eu gosto ou não gosto 
Não sei sentir em doses homeopáticas. 
Preciso e gosto de intensidade 
Mesmo que ela seja ilusória e se não for assim, prefiro que não seja 
Não me apetece viver histórias medíocres
Paixões não correspondidas e pessoas água com açúcar 
Não sei brincar e ser café com leite 
Só quero na minha vida gente que transpire adrenalina de alguma forma 
Que tenha coragem suficiente pra me dizer o que sente antes, durante e depois 
Ou que invente boas estórias caso não possa vivê-las 
Porque eu acho sempre muitas coisas 
Porque tenho uma mente fértil e delirante e porque posso achar errado 
E ter que me desculpar 
E o faço sem dificuldade se me provarem 
Que eu estraguei tudo achando o que não devia 
Quero grandes histórias e estórias 
Quero o amor e o ódio; quero o mais, o demais ou o nada 
Não me importa o que é de verdade ou o que é mentira 
Mas tem que me convencer, extrair o máximo do meu prazer 
E me fazer crer que é para sempre 
Quando eu digo convicta que "nada é para sempre.

Gabriel García Márquez


Fontes:

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Esta árvore chama-se VOCÊ



VOCÊ está muito sobrecarregada,

não exija tanto brilho

de VOCÊ,

brilhe sempre,

não ponha todo o peso do brilho

em VOCÊ

Todo mundo acha linda

a sua disposição de dar,

deixe uns pacotes reservados

para VOCÊ.

Desocupe um pouco os braços,

aperte mais a quem


VOCÊ ama,


oxigene mais os galhos... suas idéias!

Tira a ansiedade do seu jeito de viver,

não dê tanta bola para o que falam...

cuidado,

nunca se esqueça de crescer!



Ivone Boechat


Fonte da Imagem: http://www.kboing.com.br/

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Meu Natal Encantado





Quando eu estiver bem velhinha quero ser sustentada pelas minhas lembranças e ter a lucidez para lembrar do meu “Natal Encantado”: o de minha infância. Quando descobri em cima do armário do quarto de meus pais os presentes que apareceriam em baixo da árvore no dia de natal, descobri nesta noite que o Papai Noel não existia e que era meus pais compravam aqueles presentes, que até então eu recebia e me emocionava tanto. Fiquei no principio desnorteada como séria natal sem Papai Noel, sem expectativas! Mas depois descobrir que o que eles me deram foi o que realmente é o significado do Papai Noel "SONHO"e "ESPERANÇA" de que existem velhinhos bons que levam alegria ao mundo. Recebi depois deste natal todos os anos seguintes o meu presente de Papai Noel e até os dias de hoje recebo sempre o que coloco na árvore de natal.
Com isso, atesto que temos duas comemorações distintas: o primeiro é o Natal Encantado da criança; o segundo é o Natal do adulto. Este, é uma tentativa de estender ao máximo o Natal de nossa infância. Um esforço para resgatar amor, solidariedade, fantasia e ilusões. Mas isso só é possível quando acreditamos na roupa vermelha, na barba branca e nas botas pretas. Quando a gente descobre a verdade sobre o “Bom Velhinho”, só nos resta brincar de faz-de-conta… É o que tenho feito até hoje: com alegria, mas sem ilusões.Feliz Natal a todos vocês meus amigos !.

Elaine Crespo


Fonte Imagem:http://www.meupapeldeparedegratis.net/artistic/pages/santa-claus-04.asp

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Um certo tom azulado!




E de repente
sorrisos tornam-se reais
como estradas materializando-se
nas palmas das mãos
e mudando os destinos
numa precoce e firme unilateralidade.
Na rapidez de um anoitecer
ele surge
– pássaro livre –
desprovido de grandes asas
mas com braços longos capazes de abraçar o mundo
e o corpo de quem ama.

Na estranheza dos ventos frios
Nos filmes que passavam na TV
Nas marcas pelos corpos
Nas peles
Nos olhos
Em tudo havia cheiro de chuva.

Então mãos se abraçaram e eu peço pra ficar por inteiro
como alguém que sempre esteve ao lado
e agora divide manhãs:

Ele me pede uns versos
Eu me dissolvo em poesia,
e que nossas manhãs tenham sempre um certo tom azulado.

Marcel

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Sonho ou Realidade



Onde termina o Sonho?
É quando a Realidade chega?
E quando o Sonho se vai?
Ele devia durar pra sempre?


Onde começa a Realidade?
Quando ele mostra a vida real?
Dura e cruel.


Por que os sonhos não permanecem?
Não deveriam se tornar Realidade.
Sendo assim viveríamos diferente?
Ou seria tudo igual?


Sonhar é construir castelos e príncipes.
A realidade são cabanas e sapos.
No Sonho posso tudo e tenho tudo.
Na realidade me tiram tudo não tenho nada.


Me deixem com o sonho.
Me tirem a realidade.
Eu prefiro viver o sonho,
e a ilusão que ele me deixa de felicidade.

Preciso aceitar a Realidade.
Desejo encontrar-la,
pra  enfim me encontrar,
e poder viver Feliz.


Elaine Crespo©

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Sem fada madrinha!



Eu & Isadora

Existem momentos em que mesmo estando me sentindo um peixe fora d'água e afim de sair voando pra longe daquele lugar, tenho que continuar nele. Me fez amadurecer e entender que nem sempre a fada madrinha com sua abóbora e um lindo vestido pro baile aparece pra me salvar. E descubro que posso mais do que penso e que sei me defender melhor que esperava. E que como uma leoa sei defender minha cria dos devoradores de crianças. Existem estes monstros que se acham invencíveis e neste momento eu vejo que sou não só uma loba mas, lidero a alcatéia. Não preciso me afirmar mas, tentar algo novo me fez ultrapassa  meus limites. Eu me superei e ao me superar me renovei e rejuvenesci e principalmente me encontrei. Sei que posso, e o que devo fazer em situações em que a fada madrinha não aparecer.

Elaine Crespo

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A vida, uma linda menina



E a vida segue
Feito uma menina
Que brinca com as horas
Por vezes, sorri

Por vezes, ela chora
E ainda assim
Ela se faz
Uma linda senhora...

De cada instante
Um espetáculo
Uma cena
Que acena
Com a leveza
De um pólen...

Por que ela é assim
Dona do verso
Rainha da prosa
Artesã do tempo
Prima-irmã da rosa...

Sirlei L. Passolongo

Este lindo poema e imagem me foi enviado por Izabella no Facebook. Obrigada Amiga Bella!!

Fonte:

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Hoje vai fazer sol



Não esqueci a tempestade, não esqueci de nada, mas tomei uns analgésicos e a dor, aos pouquinhos, vai passando. E mesmo que você venha ameaçar meu dia com chuva, hoje vai fazer sol! E a previsão do tempo de amanhã também é sol, um sol digno de praia. Mas amanhã é amanhã, embora eu saiba que também vou sorrir, vou começar a sorrir logo de hoje, porque a vontade pulsa em mim, anima tudo aqui dentro do meu corpo e eleva minha alma. Eu vou sorrir porque quero! Porque nada do que você faça hoje roubará o meu sorriso de mim.

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Meu Mundo é Violeta




O mundo estará sempre
da cor que você olhar!
Ontem estava escuro
e parecia que ficaria assim eternamente.
Até pensei que não haveria mais luz para iluminar.
Mais nada define os momentos
e cada dia é diferente!

Hoje acordo e tudo mudou.
O mundo estar violeta e contente.
Nem parece que foi tão diferente!
Sentir o sol na pele, o vento no rosto
Vi algumas pessoas felizes e outras infelizes
mais todas de forma diferente!

Pensei que iria ao fundo poço
e vi a luz no fim do tunel apagar.
Mais coloquei a minha luz pra iluminar!
E acendeu uma luz diferente
destas que vem da gente
e nunca vai apagar!

Esqueci de tudo de ontem,
antes de ontem e de antes de ontem ontem...
Pude então enxergar
quanto fui boba em dar valor
a pessoas que vivem suas vidas
sem olhar as cores que estão ao redor!

Agora meu mundo é violeta
solto das amarras e das antigas canções!
Agora vou esquecer o ontem
vou viver o hoje
e ter um belo amanhã!

Elaine Crespo


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Obrigada meus leitores!


Publicado em 26 de novembro de 2012



Publicado em 30 de novembro de 2012
Uma grandes satisfação é o reconhecimento de um trabalho que você fez. Não sou escritora, como muitos dizem  e nem tenho blog pra me tornar importante na blogosfera. O que me da alegria é o retorno de meus leitores  e principalmente a sensação de dever cumprido. Agradeço muito a uma pessoa que me incentivou a escrever e inspirada nela tentei produzir o melhor no meu blog e seus elogios foi o impulso que eu precisava. Um legado para meus filhos já que mandarei editar, os meus E-Books. Este blog se chama Day by Day  por que tem um pouco de mim diariamente. Feliz pelo resultado imediato dos E-Books nesta nova edição. E muito obrigada a vocês leitores dos meus Blogs e E-Books.

Elaine Crespo



Publicado em 01 de dezembro de 2012

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'Santos & Loucos' (Crazy & Saints)



Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila.
Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos.
Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo.
Deles não quero resposta, quero meu avesso.
Que me tragam dúvidas e angústias e aguentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco.
Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta.
Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria.
Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.
Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.
Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.
Não quero amigos adultos nem chatos.
Quero-os metade infância e outra metade velhice!
Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa.
Tenho amigos para saber quem eu sou.
Pois os vendo loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.

Oscar Wilde

Fontes:

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Meu E-Book Pôr do Sol nas Montanhas



Ainda estavam saindo os primeiros raios de sol, e Samantha já estava acordada, adorava ver o sol nascer e sentir o cheiro do dia que começava. Morava numa fazenda com seus pais, John e Barbara Parkson. Eles tinham uma grande propriedade e eram criadores de cavalos. Samantha sempre viveu no campo, não havia morado até então em outro lugar. Conhecia muitos lugares no seu país e outros países no mundo. Mais sua cidade era seu refugio e lá era como se o mundo fosse apenas aquilo que seus olhos sempre viram desde que nasceu.Desta vez localizado no interior dos Estados Unidos da América, "Pôr do sol nas Montanhas" é mais uma história de amor marcante, com uma trama que prenderá a sua atenção até a última página, onde o romance de Samantha e Marck fará que você deseje ainda mais um amor sem igual como o dos dois, onde nenhuma barreira poderá impedir de florescer.





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Coisas e Coisas



A despeito do amor,
as coisas todas
se fizeram ao mar.
Não quis retê-las.

Não conheci regresso.
Coisas, coisas
vos amei por excesso.
E o universo
me foi alto preço.

Todos os bens
vendidos em leilão.
O ar vendido.
Os rios.
As estações.

Comprei arrobas de chuva
ao meu pomar.
Trouxe neblina
de arrasto
pela morte.

Comprei a noite
e dei o menor lance
ao horizonte.

Coisas, coisas
vos amei por excesso.


Carlos Nejar


Fontes:
http://devaneiocolorido.blogspot.com.br/poema
http://coisassensuaisdelali.zip.net/imagem

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Meu E-Book "Um Amor em París



'Paris era a cidade mais linda do mundo na opinião de Lucy, mas naquele momento sua vida ele não notava a Cidade Luz, e andava como se não conseguisse entender nada que acabara de acontecer. Seu mundo estava de cabeça pra baixo e ela não podia acreditar que tudo havia acabado assim tão de repente. Ela o amava e ele dizia que continuava amá-la e pedia um tempo para colocar os sentimentos em ordem e assim ter certeza deste amor.' Esta novela além de ter um cenário magnifico tem uma trama envolvente e um desleixo arrepiante. Vale a pena passear com Lucy nesta cidade luz e viver com ela uma grande história de amor.




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