Balada do Amor que não Veio.





Se acaso penso em ti, me inquieta o pensamento...
Por que havias de vir assim tarde demais?
Bem que eu tinha de há muito um cruel pressentimento,
-- e há sempre um desespero em nós, se num momento
desejamos voltar a vida para trás...


Neste instante imagino o que teria sido
o meu vago destino desorientado,
se antes, eu já te houvesse um dia conhecido,
a esse tempo, meu Deus!... -- e esse tempo perdido
pudesse ao teu convívio ter aproveitado!


Não há nada entre nós, nada... e em verdade há a vida
que nos chama e nos prende!... E já agora imagino
que aqui estas ao meu lado a ouvir-me comovida
e me entregas a mão, -- e entrego-te vencida
a minha alma, -- e com ela todo o meu destino!


Não há nada entre nós, -- mas se nos encontramos
ouvirás de hoje em diante um poema onde tu fores,
-- trouxemos o destino estranho de dois ramos,
separados, -- que importa? ainda assim nos juntamos
confundindo as ramagens, misturando as flores...


E eu nem te vi direito! Um olhar sob um véu,
(há qualquer coisa estranha num olhar velado...)
-- um olhar, -- não direi que em teu olhar há um céu,
quando sei que afinal há tanta angustia e fel
em tudo o que me tens da vida revelado!


Acompanhei-te o vulto um segundo, alguns passos,
nada mais, e no entanto, se quiser pensar
sou capaz de te ver, ( há gestos nos espaços,
e guardei a visão dos teus braços, -- teus braços
guardei-os, como dois clarões dentro do olhar!)


E devem ser macias as tuas mãos, -- não ouso
pensar no que elas guardem nos seus finos dedos,
-- pensando em tuas mãos, penso em sombra, em
repouso,
num lugar quieto e bom, e num vento amoroso
a soprar entre as folhas múrmuros segredos...


Mas... que saibas perdoar estas coisas que escrevo,
pensei-as a escutar distante a tua voz,
e há algumas coisas mais, que a dizer não me atrevo,
é que escrevo demais, e não posso, e não devo,
e não tenho o direito de falar de nós...

J.G.de Araújo Jorge

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Culinária do Japão





Existem várias opiniões do que é fundamental à culinária japonesa. Muitos pensam no sushi ou nas refeições formais elegantemente estilizadas kaiseki que são originárias como parte da cerimônia do chá japonesa. Muitos japoneses pensam na comida do dia-a-dia, em especial nas existentes desde antes do final do Período Meiji (1868 - 1912), ou desde antes da Segunda Guerra Mundial.

Comida do dia-a-dia

A culinária tradicional japonesa é dominada pelo arroz branco (hakumai, 白米), e poucas refeições seriam completas sem ele. Qualquer outro prato servido durante uma refeição - peixe, carne, legumes, conservas - é considerado como um acompanhamento, conhecido como okazu. É utilizado um tipo de talher diferente, denominado hashi. Originário da China, consiste em dois pequenos bastões de madeira ou metal.

As refeições tradicionais recebem seu nome de acordo com o número de acompanhamentos que vêm junto do arroz e da sopa. A refeição japonesa mais simples, por exemplo, consiste de ichijū-issai (一汁一菜; "uma sopa, um acompanhamento" ou "refeição de um prato"). Isto quer dizer que a refeição é composta de sopa, arroz e de algum acompanhamento — normalmente um legume em conserva. O pequeno-almoço ou café da manhã japonês tradicional, por exemplo, normalmente é constituído de misso shiru(sopa de pasta de soja), arroz e algum legume em conserva. A refeição mais comum, entretanto, é conhecida por ichijū-sansai (一汁三菜; "uma sopa, três acompanhamentos"), ou por sopa, arroz e três acompanhamentos, cada um empregando uma técnica de culinária diferente. Estes acompanhamentos normalmente são peixe cru (sashimi), um prato frito e um prato fermentado ou cozido no vapor — ainda que pratos fritos, empanados ou agri-doces podem substituir os pratos cozidos. O Ichijū-sansai normalmente se encerra com conservas como o umeboshi e chá verde.
Esta visão japonesa de uma refeição é refletida na organização dos livros de culinária japoneses. Os capítulos são sempre ordenados de acordo com os métodos culinários: alimentos fritos, alimentos cozidos e alimentos grelhados, por exemplo, e não de acordo com os ingredientes em particular (ex.: galinha ou carne) como são nos livros ocidentais. Também podem existir capítulos dedicados a sopas, sushi, arroz etc.
Como o Japão é uma nação insular, seu povo consome muitos frutos do mar, além de peixe e outros produtos marinhos (como algas). Mesmo não sendo conhecido como um país que come muita carne, poucos japoneses se consideram vegetarianos. Carne e galinha são comumente inseridos na culinária do cotidiano.

O macarrão, originado na China, também é uma parte essencial da culinária japonesa. Existem dois tipos tradicionais de macarrão, o soba e udon. Feito de farinha de centeio, o soba (蕎麦) é um macarrão fino e escuro. O udon (うどん), por sua vez, é feito de trigo branco, sendo mais grosso. Ambos são normalmente servidos com um caldo de peixe aromatizado com soja, junto de vários vegetais. Uma importação mais recente da China, datando do início do século XIX, vem o ramen (ラーメン; macarrão chinês), que se tornou extremamente popular. O Ramen é servido com uma variedade de tipos de sopa, indo desde os molhos de peixe até manteiga ou porco.

Ainda que muitos japoneses tenham desistido de se alimentarem de insetos, ainda existem exceções. Em algumas regiões, gafanhotos (inago) e larvas de abelha (hachinoko) não são pratos incomuns. Lagartos também são comidos em alguns lugares.

Fonte Wikipédia

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Sonhos



Sonhos. Afinal, o que é sonho?
Sonhar seria querer o impossível?
Sonho é querer? Que loucura!
Acho que sonho pode ser um...
Um, não; dois gritos da alma
E a alma grita? Que bobagem...
Imaginação, quero passagem
Preciso definir o que é sonho!
Se sonhar é lançar-se no espaço,
Sonho é mergulhar no infinito
Mergulhar no infinito? Que miragem...
Sonhar é a vontade de ver de novo
Não! Isso é definição de saudade
Está muito difícil, que crueldade!
Sonho seria o mesmo que devaneio?...
Se é, para que tanto rodeio!
Não sou poeta, para que tanta quimera!
Já sei, sonho é ter amizade sincera
É ter um grande amor nos braços
É esquecer todos os fracassos
É dar e receber beijos de ternura
É fazer do amor uma doce loucura
É nutrir sentimento bem definido
É sentir um amor não dividido
É sentir grande paixão no peito
É isso mesmo, falo do meu jeito
Nada de palavras da poesia cadente
É assim que eu sonho o meu sonho
Ah! sonho, você mata a gente!

Wenceslau da Cunha

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Silêncio Amoroso


Preciso do teu silêncio
cúmplice
sobre minhas falhas.
Não fale.
Um sopro, a menor vogal
pode me desamparar.
E se eu abrir a boca
minha alma vai rachar.
O silêncio, aprendo,
pode construir. É um modo
denso/tenso
- de coexistir.
Calar, às vezes,
é fina forma de amar.

Affonso Romano de Sant'Anna

Fontes:
www.renataemessencia.blogspot.com/imagem
www.www.pensador.info/texto

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Frases sobre LIVRO


"Dupla delícia/ O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado." Mário Quintana

"O livro é um mestre que fala mas que não responde." Platão

"Um livro e como uma janela. Quem não o lê, é como alguém que ficou distante da janela e só pode ver uma pequena parte da paisagem." Kahlil Gibran

"Não era mais uma menina com um livro: era uma mulher com seu amante."Clarice Lispector

"Um livro aberto é um cérebro que fala;
Fechado, um amigo que espera;
Esquecido, uma alma que perdoa;
Destruído, um coração que chora"." Voltaire

"Um livro é a prova de que os homens são capazes de fazer magia." Carl Sagan

"Ler um livro é para o bom leitor conhecer a pessoa e o modo de pensar de alguém que lhe é estranho. É procurar compreendê-lo e, sempre que possível, fazer dele um amigo." Hermann Hesse

"E cada homem é um livro onde o próprio Deus escreve." Victor Hugo

"Filmes têm diferentes receitas para grandes sopas, servidas para 300, 400 pessoas por vez. Um livro é um jantar solitário." Michael Ondaatje

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Chuva


hoje chove muito, muito,
e parece que estão lavando o mundo.
meu vizinho do lado contempla a chuva
e pensa em escrever uma carta de amor
uma carta à mulher que vive com ele
e cozinha para ele e lava a roupa para ele e faz amor com ele
e parece sua sombra
meu vizinho nunca diz palavras de amor à mulher
entra em casa pela janela e não pela porta
por uma porta se entra em muitos lugares
no trabalho, no quartel, no cárcere,
em todos os edifícios do mundo
mas não no mundo
nem numa mulher
nem na alma
quer dizer
nessa caixa ou nave ou chuva que chamamos assim
como hoje
que chove muito
e me custa escrever a palavra amor
porque o amor é uma coisa e a palavra amor é outra coisa
e somente a alma sabe onde os dois se encontram
e quando
e como
mas o que pode a alma explicar?
por isso meu vizinho tem tormentas na boca
palavras que naufragam
palavras que não sabem que há sol porque nascem
e morrem na mesma noite em que amou
e deixam cartas no pensamento que ele nunca escreverá
como o silêncio que há entre duas rosas
ou como eu
que escrevo palavras para voltar
ao meu vizinho que contempla a chuva
à chuva
ao meu coração desterrado


Juan Gelman

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Literatura Japonesa


A literatura japonesa abarca um período de quase dois milênios de escritos. Nas obras mais recentes vemos a influência da literatura chinesa, mas o Japão desenvolveu seu próprio estilo com rapidez. Quando Japão reabriu suas portas ao comércio e a diplomacia ocidental no século XIX, a literatura ocidental influiu enormemente em seus escritores, a influência ocidental seguiu hoje ainda patente.

Traduzir obras japonesas não é fácil devido as diferenças culturais tão notáveis, por isso é recomendavel ler sempre que se possa as obras originais, como passa em todas as línguas. Japão tem uma grande tradição literaria ainda que seus escritores não sejam tão conhecidos como os europeos e os estadounidenses.


Fonte:www.cursojapones.com

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Soneto




Canta teu riso esplêndido sonata,
E há, no teu riso de anjos encantados,
Como que um doce tilintar de prata
E a vibração de mil cristais quebrados.

Bendito o riso assim que se desata
- Citara suave dos apaixonados,
Sonorizando os sonhos já passados,
Cantando sempre em trínula volata!

Aurora ideal dos dias meus risonhos,
Quando, úmido de beijos em ressábios
Teu riso esponta, despertando sonhos...


Ah! Num delíquio de ventura louca,
Vai-se minh'alma toda nos teus beijos,
Ri-se o meu coração na tua boca!

Augusto dos Anjos

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Sonhos Frustrados


O que mais nos incomoda é ver nossos sonhos frustrados. Mas permanecer no desânimo não ajuda em nada para a concretização desses sonhos. Se ficamos assim, nem vamos em busca dos nossos sonhos, nem recuperamos o bom humos! Este estado de confusão, propício ao crescimento da ira, é muito perigoso. Temos de nos esforçar e não permitir que a nossa serenidade seja perturbada. Quer estejamos vivenciando um grande sofrimento, ou já o tenhamos experimentado, não há razão para alimentarmos o sentimento de infelicidade.

Dalai Lama

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Réu de Amor


Sou réu de amor! Confesso o meu pecado
Porém não me arrependo desse crime,
Que amar alguém e ser também amado
É o crime mais gostoso e mais sublime!


A confissão por certo não redime
A quem quer continuar a ser culpado,
E se eu for, por acaso, condenado,
Não há razão para que desanime.


Pelo contrário. Altivo, embora fique
Meu coração partido em mil pedaços,
Eu quero que a justiça se pratique...


Sou réu de amor, e julgo-me indefeso!
Pela justiça, entrego-me a teus braços:
Eternamente quero ficar preso...

J.G.de Araújo Jorge

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A Imperatriz (皇后)



Imperatriz Michiko do Japão

A Imperatriz Michiko (Tóquio, 20 de outubro de 1934) é a esposa do Imperador Akihito do Japão.
Michiko foi a primeira plebéia que se casou com um membro da Casa Imperial do Japão e deteve o título de Princesa Consorte do Japão de abril de 1959 até 1989, quando seu sogro, o Imperador Shōwa, faleceu.
Além disso, ela foi a consorte imperial que mais foi vista em público e que mais viajou ao exterior em toda a história do Japão.

Família

Michiko Shōda (正田 美智子, Shōda Michiko) nasceu em Tóquio. Era a filha mais velha do milionário empresário Hidesaburo Shōda, presidente de uma companhia de moagem de farinha de Nisshin, e de sua esposa, Fumiko Soejima.

A família Shōda, embora fosse rica, tinha um estilo de vida modesto e possuía dois membros que foram agraciados com a Ordem da Cultura. Um dos tios de Michiko se tornaria presidente da respeitável Universidade de Osaka.

Noivado e Casamento

Em agosto de 1957, aos vinte e dois anos, Michiko Shōda conheceu o então príncipe herdeiro do Trono do Crisântemo, Akihito, durante um campeonato de tênis, em Karuizawa, província de Nagano.

Enquanto corriam os rumores sobre o relacionamento no Japão, Michiko viajou para a Inglaterra e Estados Unidos, onde assistiu ao primeiro concerto do pianista Van Cliburn em Carnegie Hall. Manteve, contudo, correspondência com sua família e com Akihito. Regressou ao país em outubro de 1958, logo depois de seu aniversário de vinte e quatro anos.

No dia 27 de novembro daquele ano, o Conselho da Casa Imperial - um corpo formado pelo primeiro-ministro do Japão, pelos oficiais da Dieta do Japão, pelo juiz da Suprema Corte e por dois membros da família imperial - aprovou formalmente o noivado do Príncipe Herdeiro com Michiko Shōda. Porém, os mais tradicionalistas se opuseram ao noivado, pois queriam que a futura Imperatriz fosse uma mulher descendente ou da abolida aristocracia japonesa ou de antigos ramos da família imperial. É dito que a sogra de Michiko, a Imperatriz Kōjun, também foi contra a união, criando intrigas com sua nora.

A cerimônia de casamento de Akihito e Michiko ocorreu em 10 de abril de 1959, encantando o povo japonês.

Imperatriz

Com a morte do Imperador Shōwa (Hirohito) no dia 7 de janeiro de 1989, Akihito tornou-se o 125° Imperador do Japão, e Michiko conseqüentemente se tornou a Imperatriz. A cerimônia formal de entronização ocorreu no Palácio Imperial em Tóquio, no dia 12 de novembro de 1990. O casal fez a família imperial ficar mais próxima ao Japão contemporâneo.

Michiko é a presidente honorária da Sociedade da Cruz Vermelha do Japão

Fonte: Wikipédia.

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Vem Ficar Comigo



Vem ficar comigo
Vem ser a luz da minha estrada
Vivo esperando esse céu para brilhar
Teu sorriso lindo
A tua boca doce sempre
Eu necessito do teu amor
Pra me enfeitar

Vem brincar comigo
Vem cuidar de mim
Só teu paraíso é quem me faz viver feliz
Não me deixe solta
Posso me perder
De tudo no mundo
O que eu mais quero é ter você

Vem ficar comigo
Vem ficar comigo

Nando Cordel / Dominguinhos

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O Que é o Amor Depois de Você?




Como será o amor depois de você?
Será que vai ser semelhante ao descrito
dos que aprenderam
a amar no deserto?
Paixão sobressaltada,
encontros fugazes
que do abraço
tomam só aquilo
que deixa o corpo alerta e satisfeito?

como será despertar
entre esses braços?
será seu ombro casual
e descartável
sem que interesse acolher
cabeça ou coração
para agradar-me?

Ou será a doçura do olhar?
Outra vez o tremor em todo o corpo?
Alegre expectativa
do amado
no encontro vital
de dois corpos.

Que novos hábitos
inventarei para agradá-lo?
Outra vez, o café
quente e bem cedo?
Ou simplesmente apagarei,
ao terminar,
Todos as minha pegadas de seu lado?

Não importa o que seja.
Não importa quando.
O importante é estar pronta,
com os olhos abertos,
a lâmpada acendida,
e esperando.

Hilda Vélez- tradução Lucijordan

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Frases de Albert Einstein


"A liberação da energia atômica mudou tudo, menos nossa maneira de pensar."

"O mundo não está ameaçado pelas pessoas más, e sim por aquelas que permitem a maldade."

"O único lugar onde o sucesso vem antes do trabalho é no dicionário."

"Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada."

"Quero conhecer os pensamentos de Deus...
O resto é detalhe"

"Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, no que respeita ao universo, ainda não adquiri a certeza absoluta."

"A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão teimosamente persistente."

"Não tentes ser bem sucedido, tenta antes ser um homem de valor."

Fonte:www.pensador.info

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Soneto 35




Não chores mais o erro cometido;
Na fonte, há lodo; a rosa tem espinho;
O sol no eclipse é sol obscurecido;
Na flor também o inseto faz seu ninho;

Erram todos, eu mesmo errei já tanto,
Que te sobram razões de compensar
Com essas faltas minhas tudo quanto
Não terás tu somente a resgatar;

Os sentidos traíram-te, e meu senso
De parte adversa é mais teu defensor,
Se contra mim te excuso, e me convenço

Na batalha do ódio com o amor:
Vítima e cúmplice do criminoso,
Dou-me ao ladrão amado e amoroso.

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Imperador do Japão - 天皇, tennō


O Imperador do Japão (天皇, tennō?) é o símbolo constitucionalmente reconhecido da nação japonesa e da unidade do seu povo. É o chefe da família imperial japonesa.

A função do Imperador do Japão oscilava, até meados do século XX, entre um clérigo de alto nível com grandes poderes simbólicos e um autêntico governante imperial. Houve um culto imperial (Arahitogami) que considera o Imperador como sumo sacerdote mediador entre os homens e a divindade, devido aos laços próximos com os deuses japoneses (laços de herança). A violência e as operações militares foram consideradas incompatíveis com o papel pelo menos durante 14 séculos: por isso os monarcas japoneses não actuaram como comandantes militares, ao contrário do habitual no Ocidente. A principal função do imperador durante a maior parte dos últimos mil anos era habitualmente a de simplesmente autorizar ou outorgar legitimidade aos que exerciam o poder.

Sob a Constituição moderna do Japão, o imperador converteu-se numa figura cerimonial e titular do cargo de chefe de estado de uma monarquia constitucional.

O actual Imperador, Sua Majestade Imperial, o Imperador Akihito, sucedeu ao seu pai Hirohito em 1989.

A residência oficial do Imperador japonês é o Palácio de Kokyo, localizado no centro de Tóquio, desde meados do século XIX. Antes os Imperadores residiam em Quioto.

Certos dados e datas referentes à instituição imperial são objecto de discussão entre os historiadores japoneses. Muitos imperadores citados na lista de Imperadores do Japão morreram muito jovens e dificilmente se pode considerar que tenham "governado" de verdade. Outros foram eclipsados pelos antecessores, os quais se tinham retirado aparentemente para um mosteiro mas continuaram exercendo a sua influência, num processo chamado "governo enclausurado". De qualquer modo, é importante manter a lista oficial inteira, porque mesmo hoje em dia a forma habitual de datação na história japonesa é pelos reinados dos imperadores

Fonte: Wikipédia

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Amor


Amor, quantos caminhos até chegar a um beijo,
que solidão errante até tua companhia!
Seguem os trens sozinhos rodando com a chuva.
Em taltal não amanhece ainda a primavera.
Mas tu e eu, amor meu, estamos juntos,
juntos desde a roupa às raízes,
juntos de outono, de água, de quadris,
até ser só tu, só eu juntos.
Pensar que custou tantas pedras que leva o rio,
a desembocadura da água de Boroa,
pensar que separados por trens e nações
tu e eu tínhamos que simplesmente amar-nos
com todos confundidos, com homens e mulheres,
com a terra que implanta e educa cravos.

Pablo Neruda

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Meu Conto




Pôr do Sol nas Montanhas


Capítulo IV

Durante o almoço Samantha e Mark conversaram bastante e logo sentiu que se dariam bem, ele séria uma ótima companhia para ela. Era um pessoa com excelente bom humor e de uma gentileza impressionante. Contou suas aventuras através do país e fora dele, e notava-se  imediatamente que ele se tratava de uma pessoa muito culta. Seu sorriso era cativante e a forma em que tirava a mecha de cabelo que insistia em ficar em seus olhos era de uma sensualidade e beleza impressionante.

Samantha logo notou que se sentia atraída por ele e sabia que ele também estava por ela, mas seus pais nunca aceitariam este relacionamento e ela nunca os contrariaria. Seus pais eram pessoas maravilhosas e ela tinha sido criada com todos os gostos e mimos satisfeitos e amava aos pais mais que tudo na vida. Seria incapaz de fazê-los sofrer. Então viu que ali mesmo que nascesse uma paixão ela não poderia crescer e teria que evitar ao máximo muito contato com ele, pois sabia que não resistiria e poderia terminar fazendo todos sofrerem!

A tarde foi da mesma forma da manhã, eles andaram pela fazenda, sempre evitando uma intimidade maior entre os dois, focando a conversa em torno do rancho e dos cavalos que ele de agora em diante seria o responsável. Então chegou o entardecer, mais rápido do que Samantha esperava, pois a companhia de Mark era tão agradável que ela não sentiu o tempo passar.

Eles então se despediram e ele disse que então voltaria com seus pertences para ficar definitivamente morando na fazenda. Apertou sua mão e ela sentiu um arrepio e gelou por dentro, seu coração acelerou e ela sentiu que seria muito difícil resistir a ele, mais era necessário que o agisse desta forma. E ela então ficou no portão da fazenda a olhar ele se distanciar até que não mais enxergava o sua caminhonete. Voltou para casa e foi direto para seu quarto onde com o coração apertado chegou a conclusão que existia sim, amor a primeira vista., mas não tinha nada que ela pudesse fazer para mudar a situação a não ser aceita-la.

Elaine


Meu Blog com Conto: Pôr do Sol nas Montanhas
Meu Blog com o Conto: Paixão por Acaso

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Tu Tens um Medo



Acabar.
Não vês que acabas todo o dia.
Que morres no amor.
Na tristeza.
Na dúvida.
No desejo.
Que te renovas todo dia.
No amor.
Na tristeza
Na dúvida.
No desejo.
Que és sempre outro.
Que és sempre o mesmo.
Que morrerás por idades imensas.
Até não teres medo de morrer.
E então serás eterno.
Não ames como os homens amam.
Não ames com amor.
Ama sem amor.
Ama sem querer.
Ama sem sentir.
Ama como se fosses outro.
Como se fosses amar.
Sem esperar.
Tão separado do que ama, em ti,
Que não te inquiete
Se o amor leva à felicidade,
Se leva à morte,
Se leva a algum destino.
Se te leva.
E se vai, ele mesmo...
Não faças de ti
Um sonho a realizar.
Vai.
Sem caminho marcado.
Tu és o de todos os caminhos.
Sê apenas uma presença.
Invisível presença silenciosa.
Todas as coisas esperam a luz,
Sem dizerem que a esperam.
Sem saberem que existe.
Todas as coisas esperarão por ti,
Sem te falarem.
Sem lhes falares.
Sê o que renuncia
Altamente:
Sem tristeza da tua renúncia!
Sem orgulho da tua renúncia!
Abre as tuas mãos sobre o infinito.
E não deixes ficar de ti
Nem esse último gesto!
O que tu viste amargo,
Doloroso,
Difícil,
O que tu viste inútil
Foi o que viram os teus olhos
Humanos,
Esquecidos...
Enganados...
No momento da tua renúncia
Estende sobre a vida
Os teus olhos
E tu verás o que vias:
Mas tu verás melhor...
... E tudo que era efêmero
se desfez.
E ficaste só tu, que é eterno.

Cecília Meireles

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Frases de Mario Quintana


Inscrição para um portão de cemitério: A morte não melhora ninguém

Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento

Intuição é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido

Já trazes ao nascer a tua filosofia. As razões? Essas vêm posteriormente, Tal como escolhes, na chapelaria, A fôrma que mais te assente

Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta

Livros não mudam o mundo, quem muda o mundo são as pessoas

Lucidez é um acesso de loucura ao contrário

Mas o que quer dizer este poema? - perguntou-me alarmada a boa senhora E o que quer dizer uma nuvem? - respondi triunfante. Uma nuvem - disse ela - umas vezes quer dizer chuva, outras vezes bom tempo

Mas que haverá com a lua que sempre que a gente olha é com um novo espanto?

Mas que susto não irão levar essas velhas carolas se Deus existe mesmo

Melancolia: Maneira romântica de ficar triste

Minha vida é uma colcha de retalhos. Todos da mesma cor.


Mario Quintana

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Soneto 17


Se te comparo a um dia de verão
És por certo mais belo e mais ameno
O vento espalha as folhas pelo chão
E o tempo do verão é bem pequeno.

Ás vezes brilha o Sol em demasia
Outras vezes desmaia com frieza;
O que é belo declina num só dia,
Na terna mutação da natureza.

Mas em ti o verão será eterno,
E a beleza que tens não perderás;
Nem chegarás da morte ao triste inverno:

Nestas linhas com o tempo crescerás.
E enquanto nesta terra houver um ser,
Meus versos vivos te farão viver.

William Shakespeare

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SAKURA( ブロッサム)



Originária da Ásia, na cultura japonesa (chamada de Sakura no ki) sendo o significado de Sakura flor de cerejeira a cerejeira era associada ao samurai cuja vida era tão efémera quanto a da flor da cerejeira que se desprendia da árvore.

Cerejeira é o nome dado a várias espécies de árvores, algumas frutíferas, outras produtoras de madeira nobre. Estas árvores classificam-se no sub-género Cerasus incluído no género Prunus (Rosaceae). Os frutos da cerejeira são conhecidos como cerejas, algumas delas comestíveis. A cerejeira foi introduzida na Europa, sendo que é uma planta originária da Ásia.
As cerejas são frutos pequenos e arredondados que podem apresentar várias cores, sendo o vermelho a mais comum entre as variedades comestíveis. A cereja-doce, de polpa macia e suculenta, é servida ao natural, como sobremesa. A cereja-ácida ou ginja, de polpa bem mais firme, é usada na fabricação de conservas, compotas e bebidas licorosas, como o Kirsch, o Cherry e o Marasquino. As cerejas contém proteínas, cálcio, ferro e vitaminas A, B, e C. Quando consumida ao natural, tem propriedades refrescantes, diuréticas e laxativas. Como a cereja é muito rica em tanino, consumida em excesso pode provocar problemas estomacais, não sendo aconselhável consumir mais de 200 ou 300 gramas da fruta por dia.
O cultivo da cerejeira é realizado em regiões frias. Necessitam de 800 a 1000 horas de frio para que possam produzir satisfatoriamente em áreas com Invernos frios e chuvas.

Fonte: Wikipédia

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Quarto em desordem



Na curva perigosa dos cinqüenta
derrapei neste amor. Que dor! que pétala
sensível e secreta me atormenta
e me provoca à síntese da flor

que não sabe como é feita: amor
na quinta-essência da palavra, e mudo
de natural silêncio já não cabe
em tanto gesto de colher e amar

a nuvem que de ambígua se dilui
nesse objeto mais vago do que nuvem
e mais indefeso, corpo! Corpo, corpo, corpo

verdade tão final, sede tão vária
a esse cavalo solto pela cama
a passear o peito de quem ama.

Carlos Drummond de Andrade

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Ainda ontem pensava que não era


Ainda ontem pensava que não era
mais do que um fragmento trémulo sem ritmo
na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera,
e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.

Eles dizem-me no seu despertar:
" Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia
sobre a margem infinita
de um mar infinito."

E no meu sonho eu respondo-lhes:

"Eu sou o mar infinito,
e todos os mundos não passam de grãos de areia
sobre a minha margem."

Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?"

Kahlil Gibran

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Todas as Vidas


Vive dentro de mim
uma cabocla velha
de mau-olhado,
acocorada ao pé
do borralho,
olhando para o fogo.
Benze quebranto.
Bota feitiço...
Ogum. Orixá.
Macumba, terreiro.
Ogã, pai-de-santo...
Vive dentro de mim
a lavadeira
do Rio Vermelho.
Seu cheiro gostoso
d'água e sabão.
Rodilha de pano.
Trouxa de roupa,
pedra de anil.
Sua coroa verde
de São-caetano.
Vive dentro de mim
a mulher cozinheira.
Pimenta e cebola.
Quitute bem feito.
Panela de barro.
Taipa de lenha.
Cozinha antiga
toda pretinha.
Bem cacheada de picumã.
Pedra pontuda.
Cumbuco de coco.
Pisando alho-sal.
Vive dentro de mim
a mulher do povo.
Bem proletária.
Bem linguaruda,
desabusada,
sem preconceitos,
de casca-grossa,
de chinelinha,
e filharada.
Vive dentro de mim
a mulher roceira.
-Enxerto de terra,
Trabalhadeira.
Madrugadeira.
Analfabeta.
De pé no chão.
Bem parideira.
Bem criadeira.
Seus doze filhos,
Seus vinte netos.
Vive dentro de mim
a mulher da vida.
Minha irmãzinha...
tão desprezada,
tão murmurada...
Fingindo ser alegre
seu triste fado.
Todas as vidas
dentro de mim:
Na minha vida -
a vida mera
das obscuras!

Cora Coralina

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Bandeira nacional do Japão - Nisshōki (日章旗)


A bandeira nacional do Japão, conhecida em japonês como Nisshōki (日章旗) ou Hinomaru (日の丸 "disco solar"), é uma bandeira branca com um grande disco vermelho no centro. Reza a lenda que as suas origens se encontram no tempo das invasões mongóis do Japão no século XIII, quando o sacerdote budista Nichiren teria oferecido a bandeira do disco solar ao Imperador do Japão, que era tido como descendente da deusa do sol Amaterasu. Na verdade, sabe-se que o símbolo do disco solar apareceu em leques transportados por samurais envolvidos nas contendas entre os clãs Taira e Minamoto. Foi muito usado em pavilhões militares no período Sengoku ("Estados Guerreiros") dos séculos XV e XVI. Shogunatos subsequentes estabeleceram-no como a bandeira a ser hasteada nos navios japoneses.
Pelo tempo da Restauração Meiji de 1868, já esta bandeira era encarada como bandeira nacional. Embora o desenho do disco solar tenha sido oficialmente adaptado em 1870 para uso nas bandeiras navais, só foi formalmente adaptado como bandeira nacional em 13 de Agosto de 1999, através de um decreto que também confirmou as suas dimensões exactas. Há uma variante bem conhecida do disco solar, com 16 raios vermelhos, que foi historicamente usada pelas forças armadas do Japão, em especial pela marinha, até ao fim da Segunda Guerra Mundial. É hoje de novo usada como o pavilhão naval do Japão.

Fonte: Wikipédia

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Amor Não é Amor



De almas sinceras a união sincera
Nada há que impeça: amor não é amor
Se quando encontra obstáculos se altera,
Ou se vacila ao mínimo temor.
Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade.
Se isso é falso, e que é falso alguém provou,
Eu não sou poeta, e ninguém nunca amou.

William Shakespeare

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Dever de Sonhar




Eu tenho uma espécie de dever, dever de sonhar, de sonhar sempre,
pois sendo mais do que um espetáculo de mim mesmo,
eu tenho que ter o melhor espetáculo que posso.
E, assim, me construo a ouro e sedas, em salas
supostas, invento palco, cenário para viver o meu sonho
entre luzes brandas e músicas invisíveis.


Fernando Pessoa

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Selo Imperial do Japão - 菊花紋章 - Kikka Monsyo


O Selo Imperial do Japão (菊花紋章 Kikka Monsyo, oficialmente; 菊の御紋 Kiku no Gomon, popularmente; "Nobre Símbolo do Crisântemo" ou "Selo Imperial do Crisântemo", ambos literalmente) é o selo usado por membros da família imperial japonesa. Sob a Constituição Meiji, ninguém estava permitido a usar o selo imperial, com a exceção do Imperador do Japão; logo cada membro da família imperial usava uma versão ligeiramente modificada do selo. Alguns santuários xintoístas usaram relevantes versões modificadas do Selo Imperial, e outros santuários incorporaram elementos desse em seus próprios emblemas.
O símbolo é um crisântemo amarelo ou laranja com linhas pretas ou vermelhas. A esfera central é cercada por um jogo dianteiro de dezesseis pétalas. O jogo traseiro de pétalas é coberto parcialmente pelo jogo dianteiro, sendo visível nas bordas da flor. Alguns membros da família imperial usam catorze pétalas ao invés de dezesseis.
Como um costume, o Selo Imperial é tratado como se fosse o Selo Nacional. Ele se encontra, por exemplo, nas capas dos passaportes japoneses.

Fonte: Wikipédia

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Quem sabe um dia


Quem sabe um dia
Quem sabe um seremos
Quem sabe um viveremos
Quem sabe um morreremos!

Quem é que
Quem é macho
Quem é fêmea
Quem é humano, apenas!

Sabe amar
Sabe de mim e de si
Sabe de nós
Sabe ser um!

Um dia
Um mês
Um ano
Uma vida!

Sentir primeiro, pensar depois
Perdoar primeiro, julgar depois
Amar primeiro, educar depois
Esquecer primeiro, aprender depois

Libertar primeiro, ensinar depois
Alimentar primeiro, cantar depois

Possuir primeiro, contemplar depois
Agir primeiro, julgar depois

Navegar primeiro, aportar depois
Viver primeiro, morrer depois.

Mario Quintana

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Pertencer


Um amigo meu, médico, assegurou-me que desde o berço a criança sente o ambiente, a criança quer: nela o ser humano, no berço mesmo, já começou. Tenho certeza de que no berço a minha primeira vontade foi a de pertencer. Por motivos que aqui não importam, eu de algum modo devia estar sentindo que não pertencia a nada e a ninguém. Nasci de graça. Se no berço experimentei esta fome humana, ela continua a me acompanhar pela vida afora, como se fosse um destino. A ponto de meu coração se contrair de inveja e desejo quando vejo uma freira: ela pertence a Deus.

Exatamente porque é tão forte em mim a fome de me dar a algo ou a alguém, é que me tornei bastante arisca: tenho medo de revelar de quanto preciso e de como sou pobre. Sou, sim. Muito pobre. Só tenho um corpo e uma alma. E preciso de mais do que isso.

Com o tempo, sobretudo os últimos anos, perdi o jeito de ser gente. Não sei mais como se é. E uma espécie toda nova de "solidão de não pertencer" começou a me invadir como heras num muro. Se meu desejo mais antigo é o de pertencer, por que então nunca fiz parte de clubes ou de associações? Porque não é isso que eu chamo de pertencer. O que eu queria, e não posso, é por exemplo que tudo o que me viesse de bom de dentro de mim eu pudesse dar àquilo que eu pertenço. Mesmo minhas alegrias, como são solitárias às vezes. E uma alegria solitária pode se tornar patética. É como ficar com um presente todo embrulhado em papel enfeitado de presente nas mãos - e não ter a quem dizer: tome, é seu, abra-o! Não querendo me ver em situações patéticas e, por uma espécie de contenção, evitando o tom de tragédia, raramente embrulho com papel de presente os meus sentimentos.

Pertencer não vem apenas de ser fraca e precisar unir-se a algo ou a alguém mais forte. Muitas vezes a vontade intensa de pertencer vem em mim de minha própria força - eu quero pertencer para que minha força não seja inútil e fortifique uma pessoa ou uma coisa.

Quase consigo me visualizar no berço, quase consigo reproduzir em mim a vaga e no entanto premente sensação de precisar pertencer. Por motivos que nem minha mãe nem meu pai podiam controlar, eu nasci e fiquei apenas: nascida. No entanto fui preparada para ser dada à luz de um modo tão bonito. Minha mãe já estava doente, e, por uma superstição bastante espalhada, acreditava-se que ter um filho curava uma mulher de uma doença. Então fui deliberadamente criada: com amor e esperança. Só que não curei minha mãe. E sinto até hoje essa carga de culpa: fizeram-me para uma missão determinada e eu falhei. Como se contassem comigo nas trincheiras de uma guerra e eu tivesse desertado. Sei que meus pais me perdoaram por eu ter nascido em vão e tê-los traído na grande esperança.

Mas eu, eu não me perdôo. Quereria que simplesmente se tivesse feito um milagre: eu nascer e curar minha mãe. Então, sim: eu teria pertencido a meu pai e a minha mãe. Eu nem podia confiar a alguém essa espécie de solidão de não pertencer porque, como desertor, eu tinha o segredo da fuga que por vergonha não podia ser conhecido.
A vida me fez de vez em quando pertencer, como se fosse para me dar a medida do que eu perco não pertencendo. E então eu soube: pertencer é viver. Experimentei-o com a sede de quem está no deserto e bebe sôfrego os últimos goles de água de um cantil. E depois a sede volta e é no deserto mesmo que caminho!

Clarice Lispector

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Que é Simpatia?


Simpatia – é o sentimento
Que nasce num só momento,
Sincero, no coração;
São dois olhares acesos
Bem juntos, unidos, presos
Numa mágica atração.

Simpatia – são dois galhos
Banhados de bons orvalhos
Nas mangueiras do jardim;
Bem longe às vezes nascidos,
Mas que se juntam crescidos
E que se abraçam por fim.

São duas almas bem gêmeas
Que riem no mesmo riso,
Que choram nos mesmos ais;
São vozes de dois amantes,
Duas liras semelhantes,
Ou dois poemas iguais.

Simpatia – meu anjinho,
É o canto de passarinho,
É o doce aroma da flor;
São nuvens dum céu d’agosto
É o que m’inspira teu rosto…
- Simpatia – é quase amor!

Casimiro de Abreu

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Japão - 日本国 - Nippon-koku






O Japão (em japonês 日本国 - Nippon-koku (ajuda·info) ou Nihon koku), é um país insular da Ásia Oriental. Localizado no Oceano Pacífico, a leste do Mar do Japão, da República Popular da China, da Coreia do Norte, da Coreia do Sul e da Rússia, se estendendo do Mar de Okhotsk, no norte, ao Mar da China Oriental e Taiwan, ao sul.

Os caracteres que compõem o nome do Japão significam "origem do sol", razão pela qual o Japão é às vezes identificado como a "Terra do Sol Nascente".

O Japão é um arquipélago de 6.852 ilhas. As quatro maiores ilhas são Honshu, Hokkaido, Kyushu e Shikoku, representando em conjunto 97% da área terrestre do Japão. A maior parte das ilhas é montanhosa, com muitos vulcões como, por exemplo, o pico mais alto do Japão, o Monte Fuji. O Japão possui a nona maior população do mundo, com cerca de 128 milhões de habitantes. A Região Metropolitana de Tóquio, que inclui a capital de facto de Tóquio e várias prefeituras adjacentes, é a maior área metropolitana do mundo, com mais de 30 milhões de habitantes.

Pesquisas arqueológicas indicam que pessoas já viviam nas ilhas do Japão no período Paleolítico Superior. A primeira menção escrita do Japão começa com uma breve aparição em textos históricos chineses do século I. A influência do resto do mundo seguida por longos períodos de isolamento tem caracterizado a história do país. Desde a sua constituição em 1947, o Japão se manteve como uma monarquia constitucional unitária com um imperador e um parlamento eleito, a Dieta.

Uma grande potência econômica, o Japão possui a segunda maior economia do mundo em PIB nominal e a terceira maior em poder de compra. É também o quarto maior exportador e o sexto maior importador do mundo, além de ser o único país asiático membro do G8. O país mantém uma força de segurança moderna e ampla que é utilizada para auto-defesa e para funções de manutenção da paz. O Japão possui um padrão de vida muito alto (10º maior IDH), com a maior expectativa de vida do mundo (de acordo com estimativas da ONU e da OMS) e a terceira menor taxa de mortalidade infantil.

Fonte:Wikipédia

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Quelqu'un M'a Dit


On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses.
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos chagrins il s'en fait des manteaux

Pourtant quelqu'un m'a dit
Que tu m'aimais encore,
C'est quelqu'un qui m'a dit que tu m'aimais encore.
Serais ce possible alors ?

On dit que le destin se moque bien de nous
Qu'il ne nous donne rien et qu'il nous promet tout
Parait qu'le bonheur est à portée de main,
Alors on tend la main et on se retrouve fou

Mais qui est ce qui m'a dit que toujours tu m'aimais?
Je ne me souviens plus c'était tard dans la nuit,
J'entend encore la voix, mais je ne vois plus les traits
"il vous aime, c'est secret, lui dites pas que j'vous l'ai dit"

Tu vois quelqu'un m'a dit
Que tu m'aimais encore, me l'a t'on vraiment dit...
Que tu m'aimais encore, serais ce possible alors ?

On me dit que nos vies ne valent pas grand chose,
Elles passent en un instant comme fanent les roses
On me dit que le temps qui glisse est un salaud
Que de nos tristesses il s'en fait des manteaux,



Carla Bruni / Léos Carax

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Amor



Amor, que o gesto humano na alma escreve,
Vivas faíscas me mostrou um dia,
Donde um puro cristal se derretia
Por entre vivas rosas e alva neve.

A vista, que em si mesma não se atreve,
Por se certificar do que ali via,
Foi convertida em fonte, que fazia
A dor ao sofrimento doce e leve.

Jura Amor que brandura de vontade
Causa o primeiro efeito; o pensamento
Endoudece, se cuida que é verdade.

Olhai como Amor gera, num momento
De lágrimas de honesta piedade,
Lágrimas de imortal contentamento.
 
 
Luís de Camões

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Era para sempre



"Espero, desespero, aguento, respiro fundo e olho o céu, talvez seja aqui que vá encontrar a força que tanto preciso. Mas nao aparece, acho que já nao está cá mais ninguem para ajudar. Onde estão entã0? onde foram todos aqueles que dizem que tudo está bem mesmo quando é o fim do mundo? Onde estão aqueles que trazem de volta o sorriso?"

Mas será que sou eu que não os vejo? Mudaram assim tanto que já não os reconheço? Não, não é possivel. Fui eu quem mudou e deixei de ver aquilo que realmente importa. Se não é do céu que vem a ajuda , é melhor continuar a procurar.

Ando ando e ando, mas não há nada que traga de volta a força de viver, a esperança foi levada pelas lágrimas, e agora nao resta nada, apenas aquele vazio que nada consegue preencher.

É estranho viver assim. Não tem lógica: se o amor é o sentimento mais forte, é o que nos faz tão bem, e nos faz ter alguém lá para nós, porque é que me destruiu?
Se o amor é a razão de viver porque é que o meu desapareceu? Fui eu?

Eu tentei e voltei a tentar vezes sem conta, não resultou. Agora que tudo se foi , e que já não há vontade de lutar pela felicidade, simplesmente espero, eu espero aqui que um dia apareças bem em frente aos meus olhos e que finalmente saiba que és tu, que é de ti que eu estou a espera e que contigo venha de novo o sorriso, a felicidade e a vontade de te ter sempre ao meu lado .

Autor Desconhecido

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Mentiras

Nada ficou no lugar
Eu quero quebrar essas xícaras

Eu vou enganar o diabo
Eu quero acordar sua família

Eu vou escrever no seu muro
E violentar o seu gosto
Eu quero roubar no seu jogo
Eu já arranhei os seus discos

Que é pra ver se volta
Que é pra ver se você vem
Que é pra ver se você olha
Pra mim

Nada ficou no lugar
Eu quero entregar suas mentiras
Eu vou invadir sua aula
Queria falar sua língua

Eu vou publicar seus segredos
Eu vou mergulhar sua guia
Eu vou derramar nos seus planos
O resto da minha alegria

Que é pra ver se você volta
Que é pra ver se você vem
Que é pra ver se você olha
Pra mim

Adriana Calcanhotto

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Tóquio ( 東京都 )



Tóquio literalmente "capital do leste" (東京, Tōkyō?), oficialmente Metrópole de Tóquio (東京都, Tōkyō-to?), é a capital e uma das 47 províncias do Japão. Situa-se em Honshu, a maior ilha do arquipélago. Tóquio possui 12 790 000 habitantes, cerca de 10% da população do país[2], e a Região Metropolitana de Tóquio possui mais de 37 milhões de habitantes[2], o que torna a aglomeração de Tóquio, independentemente de como se define, como a área urbana mais populosa do mundo. Tóquio é famosa pela Torre de Tóquio. Foi fundada em 1457, com o nome de Edo ou Yedo. Tornou-se a capital do Império em 1868 com a actual designação Sofreu grande destruição duas vezes; uma em 1923, quando foi atingida por um terremoto; e outra em 1944 e 1945, quando bombardeios americanos destruíram grande parte da cidade, sendo que no total foi destruída 51% de sua área e mataram mais de 150 mil pessoas.

Embora Tóquio seja considerada uma das cidades mais importantes, movimentadas e densamente habitadas do mundo, ela não é, tecnicamente, uma cidade. Não há no Japão uma cidade chamada "Tóquio". Na verdade, Tóquio é designada como uma metrópole (都, to?), similar a uma prefeitura do Japão (県, ken?), e é constituída de 23 bairros (区, ku?), 26 cidades primárias (市, shi?), cinco cidades secundárias (町, cho ou machi?) e oito vilas diferentes (村, son ou mura?. Cada uma delas possui um governo que opera no nível regional. Também fazem parte de Tóquio pequenas ilhas no Oceano Pacífico, localizadas a mais de mil quilômetros sul, nos subtrópicos. Tóquio é uma das 47 províncias do Japão.

Mais de oito milhões de pessoas vivem dentro dos 23 distritos autônomos que constituem a parte central de Tóquio. Estes 23 distritos definem a "Cidade de Tóquio", na opinião da maioria dos especialistas e outras pessoas, possuindo 8 340 000 habitantes. A população de Tóquio aumenta em 2,5 milhões ao longo do dia, devido aos estudantes e trabalhadores de prefeituras vizinhas, que vão à Tóquio para estudar e trabalhar. A população total dos bairros de Chiyoda, Chuo e Minato, que compõem a região central de Tóquio, e onde está localizado o principal centro financeiro do país, é de menos de 300 mil habitantes; porém, mais de dois milhões de pessoas trabalham na região.

Tóquio é o principal centro político, financeiro, comercial, educacional e cultural do Japão. Assim sendo, Tóquio possui a maior concentração de sedes de empresas comerciais, instituições de ensino superior, teatros e outros estabelecimentos comerciais e culturais do país. Tóquio também possui um sistema de transporte público altamente desenvolvido, com numerosas linhas de trens, metrô e de ônibus, bem como o Aeroporto Internacional de Tóquio.

Fonte:Wikpédia

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Meu Conto





Pôr do Sol nas Montanhas


Capitulo III


Samanta ficou sem jeito ao apertar a mão de Mark McGann, deixou a constrangida porque além de seu coração estar aos pulos, sua mão se encontrava muito suada, pelo impacto da surpresa e pela ansiedade de lidar com o novo, que era contratar um novo funcionário para fazenda. Estava visivelmente desconsertada. Mas como sempre foi dona de seus atos, pois foi criada com liberdade para isto, logo em seguida já estava tratando de todos os detalhes das obrigações e direitos que Mark teria a partir do momento que aceitasse a oferta de emprego.
Ele havia sido indicado por um velho amigo de seu pai. Sabia-se que ele era um jovem rebelde, que mesmo pertencendo a uma família rica do sul dos EUA, preferia viver a fazer o que gostava. Freqüentou uma universidade só para satisfazer ao pai, tornado-se então médico veterinário para satisfazer a família. Logo que acabou o curso saiu de casa e foi viver no extremo oposto de sua casa a fazer o que mais gostava que, lidar com cavalos que era seu prazer. Não quis levar um tostão de sua família para que tivesse ainda mais liberdade na vida. Conhecido no Oeste americano como um dos melhores profissionais da área.

Enquanto conversavam, Samantha lhe mostrava toda a fazenda. E depois montaram um cavalo e foram ate os limites da fazenda, para que ele tivesse uma idéia da proporção do tamnho da fazenda. Conheceu os estábulos, os pastos e onde e como eles queriam que as coisas funcionassem. Ela não deixou de notar que ele a olhava enquanto ela virava-se para mostra lhe, determinados objetos ou onde ele poderia encontrá-los. Eles cruzavam o olhar de vez em quanto e fazia com que seu coração batesse uma sensação estranha tomasse conta de seu corpo. E notava, que em algumas vezes ele também baixava os olhos e ficava sem jeito.

Resolveram então para casa central e Samantha convidou Mark para almoçar com ela, pois já era bastante tarde e os dois já estariam com fome. Ele então aceitou convite. Ajudou ela a montar e se dirigiram a casa onde o almoço estaria pronto com certeza. Ao chegar ele ajudou Samantha a descer do cavalo e então ela sentiu seu corpo muito junto ao dele, e sua respiração se tornou mais ofegante e eles não tiravam os olhos um do outro. De relance ela soltou-se e entrou em casa para avisar que tinham convidados para o almoço! Mas aquela sensação tão deliciosamente estranha não saia de seu corpo nem de seu coração. O que poderia estar acontecendo. Ela nunca tinha sentido isto perto de nenhum outro homem.

Elaine


Meu Blog com Conto: Pôr do Sol nas Montanhas
Meu Blog com o Conto: Paixão por Acaso

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Estranho Jeito de te Amar




O Céu é testemunha de tanto amor
as estrelas nossas cúmplices
Mistério profundo como o mar
é esse estranho jeito de amar ...
Mas tão nosso....


Ah! Desejo seu corpo velejar
Me deixar levar ,
me deixa eu te amar
Suavemente, levada
Pelo vento ...


Pelos nossos pensamentos
Levada pela ternura desse jeito
tão teu de me quere

Clicia Pavan

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Exaltação do Amor



Sofro, bem sei... Mas se preciso for
sofrer mais, mal maior, extraordinário,
sofrerei tudo o quanto necessário
para a estrela alcançar... colher a flor...

Que seja imenso o sofrimento, e vário!
Que eu tenha que lutar com força e ardor!
Como um louco talvez, ou um visionário
hei de alcançar o amor... com o meu Amor!

Nada me impedirá que seja meu
se é fogo que em meu peito se acendeu
e lavra, e cresce, e me consome o Ser...

Deus o pôs... Ninguém mais há de dispor!

Se esse amor não puder ser meu viver
há de ser meu para eu morrer de Amor!



J.G. de Araújo Jorge

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Afinidade


A afinidade não é o mais brilhante, mas o mais sutil,
delicado e penetrante dos sentimentos.
E o mais independente.
Não importa o tempo, a ausência, os adiamentos,
as distâncias, as impossibilidades.
Quando há afinidade, qualquer reencontro
retoma a relação, o diálogo, a conversa, o afeto
no exato ponto em que foi interrompido.


Afinidade é não haver tempo mediando a vida.
É uma vitória do adivinhado sobre o real.
Do subjetivo para o objetivo.
Do permanente sobre o passageiro.
Do básico sobre o superficial.


Ter afinidade é muito raro.
Mas quando existe não precisa de códigos
verbais para se manifestar.
Existia antes do conhecimento,
irradia durante e permanece depois que
as pessoas deixaram de estar juntas.
O que você tem dificuldade de expressar
a um não afim, sai simples e claro diante
de alguém com quem você tem afinidade.


Afinidade é ficar longe pensando parecido a
respeito dos mesmos fatos que impressionam comovem ou mobilizam.
É ficar conversando sem trocar palavras.
É receber o que vem do outro com aceitação anterior ao entendimento


Afinidade é sentir com. Nem sentir contra,
nem sentir para, nem sentir por, nem sentir pelo.
Quanta gente ama loucamente,
mas sente contra o ser amado.
Quantos amam e sentem para o ser amado,
não para eles próprios.


Sentir com é não ter necessidade de explicar o que está sentindo.
É olhar e perceber.
É mais calar do que falar, ou, quando falar,
jamais explicar: apenas afirmar.


Afinidade é jamais sentir por.
Quem sente por, confunde afinidade com masoquismo.
Mas quem sente com, avalia sem se contaminar.
Compreende sem ocupar o lugar do outro.
Aceita para poder questionar.
Quem não tem afinidade, questiona por não aceitar.


Afinidade é ter perdas semelhantes e iguais esperanças.
É conversar no silêncio, tanto das possibilidades exercidas,
quanto das impossibilidades vividas.


Afinidade é retomar a relação no ponto em que
parou sem lamentar o tempo de separação.
Porque tempo e separação nunca existiram.
Foram apenas oportunidades dadas (tiradas) pela vida,
para que a maturação comum pudesse se dar.
E para que cada pessoa pudesse e possa ser,
cada vez mais a expressão do outro sob a
forma ampliada do eu individual aprimorado.

Artur da Távola

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Fuji-san ( 富士山 )




O Monte Fuji (em japonês 富士山 Fuji-san) é a mais alta montanha da ilha de Honshu e de todo o Japão e a 35ª mais alta do mundo.[carece de fontes?] É um vulcão activo, porém de baixo risco de erupção.

O monte Fuji localiza-se a oeste de Tóquio (de onde pode ser visto num dia limpo) próximo da costa do Pacífico da ilha de Honshu, na fronteira entre as províncias de Shizuoka e de Yamanashi. Existem três pequenas cidades que envolvem o Fuji-san, Gotemba a leste, Fuji-Yoshida a norte e Fujinomiya a sudoeste.

O monte Fuji é um dos símbolos mais conhecidos do Japão, sendo frequentemente retratado em obras de arte e fotografias e recebendo muitas visitas de alpinistas e turistas.

História

Pensa-se que a primeira ascensão ao alto do monte Fuji foi em 663, sendo o autor da proeza um monge anónimo, a ascensão do primeiro estrangeiro ao alto do Fuji-san ocorreu em 1860, por Sir Rutherford Alcock. O alto tem sido considerado sagrado desde tempos antigos, tendo o seu acesso sido proibido a mulheres até à Era Meiji, mas hoje em dia é um destino turístico popular, sobretudo para escalada.


O monte Fuji é um cone vulcânico frequentemente nevado sendo uma figura importante da arte japonesa. O trabalho de maior nomeada retratando esta montanha são as conhecidas “36 vistas do monte Fuji”, a obra-prima do pintor de Ukiyo-e, Hokusai, mas existem inúmeras menções ao monte Fuji na literatura japonesa desde sempre, sendo abordado em muitos poemas.

O Fuji-san alberga ainda uma tradição guerreira, visto os samurais utilizarem o sopé da montanha, um sítio próximo de onde actualmente se situa a cidade de Gotemba, como local de treino, devido ao seu isolamento. O shogun Minamoto no Yoritomo tinha yabusame nesta área no início do Período Kamakura. A partir de 2005, as forças de defesa do Japão e os marines dos Estados Unidos da América passaram a ter actividade militar em bases perto do monte Fuji.

Fonte:Wikipédia

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Eu…



Eu sou a que no mundo anda perdida,
Eu sou a que na vida não tem norte,
Sou a irmã do Sonho, e desta sorte
Sou a crucificada… a dolorida…

Sombra de névoa tênue e esvaecida,
E que o destino amargo, triste e forte,
Impele brutalmente para a morte!
Alma de luto sempre incompreendida!…

Sou aquela que passa e ninguém vê…
Sou a que chamam triste sem o ser…
Sou a que chora sem saber porquê…

Sou talvez a visão que Alguém sonhou,
Alguém que veio ao mundo pra me ver,
E que nunca na vida me encontrou!

Florbela Espanca

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Presença


É preciso que a saudade desenhe tuas linhas perfeitas,
teu perfil exato e que, apenas, levemente, o vento
das horas ponha um frêmito em teus cabelos...
É preciso que a tua ausência trescale
sutilmente, no ar, a trevo machucado,
a folhas de alecrim desde há muito guardadas
não se sabe por quem nalgum móvel antigo...
Mas é preciso, também, que seja como abrir uma janela
e respirar-te, azul e luminosa, no ar.
É preciso a saudade para eu sentir
como sinto - em mim - a presença misteriosa da vida...
Mas quando surges és tão outra e múltipla e imprevista
que nunca te pareces com o teu retrato...
E eu tenho de fechar meus olhos para ver-te!

Mário Quintana

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Quem de Nós Dois


Eu e você
Não é assim tão complicado
Não é difícil perceber...
Quem de nós dois
Vai dizer que é impossível
O amor acontecer...
Se eu disser
Que já nem sinto nada
Que a estrada sem você
É mais segura
Eu sei você vai rir da minha cara
Eu já conheço o teu sorriso
Leio o teu olhar
Teu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso...
Sinto dizer que amo mesmo
Tá ruim prá disfarçar
Entre nós dois
Não cabe mais nenhum segredo
Além do que já combinamos
No vão das coisas que a gente disse
Não cabe mais sermos somente amigos
E quando eu falo que eu já nem quero
A frase fica pelo avesso
Meio na contra mão
E quando finjo que esqueço
Eu não esqueci nada...
E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro...
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida
Eu procurei qualquer desculpa pra não te encarar
Pra não dizer de novo e sempre a mesma coisa
Falar só por falar
Que eu já não tô nem aí pra essa conversa
Que a história de nós dois não me interessa...
Se eu tento esconder meias verdades
Você conhece o meu sorriso
Lê o meu olhar
Meu sorriso é só disfarce
O que eu já nem preciso...
E cada vez que eu fujo, eu me aproximo mais
E te perder de vista assim é ruim demais
E é por isso que atravesso o teu futuro
E faço das lembranças um lugar seguro...
Não é que eu queira reviver nenhum passado
Nem revirar um sentimento revirado
Mas toda vez que eu procuro uma saída
Acabo entrando sem querer na tua vida

Ana Carolina / Dudu Falcão / GianLuca Grignani / Massima Luca

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Itsukushima (ou Miyajima) - 宮島トッリ



Itsukushima (ou Miyajima) no Japão é considerado um dos mais belos e famosos santuários do mundo, um lugar de paisagem natural extraordinária. Situado na província de Hiroshima , foi construído sobre a água em 593 D.C, porém teve sua existência confirmada a partir de 811 D.C.

Não dá para falar desse santuário xintoísta sem citar um dos símbolos que identificam a arquitetura oriental, o grande Torii e a beleza dos edifícios de oração (Haiden) e santuários flutuando nas águas.Olhar para esse lugar traz uma paz incrível!

O santuário de Itsukushima é patrimônio Mundial da Unesco, considerado um dos lugares mais belos do Japão, o Torii (Grande Portal) flutuante é uma das famosas paisagens de cartão postal e símbolo turístico do Japão.

OoTorii indica passagem para lugar sagrado, existe desde a Era Heian, mas na Era Meiji em 1874 a 1875 um novo foi construído, utilizando a madeira vermelha da províncias de Miyazaki.

O grande Portal é o maior portal de madeira do mundo possuindo 16 metros de altura e 24 metros de largura.Na maré baixa, alguns turistas caminham até o portal para admirá-lo de perto.E na maré alta o grande Portal guarda a entrada do santuário flutuando no mar.

Muitos pensam e se perguntam porquê construir um templo “flutuante” no mar? Uma das explicações seria pela crença budista que, ao morrer as almas atravessariam em barcos rumo ao Gokuraku (o paraíso, terra pura budista).Uma outra explicação, é o templo ser dedicado a deusas guardiãs do mar.

Com certeza um lugar de beleza inesquecível.

Fonte:www.bocaberta.org

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Sou tão misteriosa que não me entendo!




Através de meus graves erros — que um dia eu talvez os possa mencionar sem me vangloriar deles — é que cheguei a poder amar. Até esta glorificação: eu amo o Nada. A consciência de minha permanente queda me leva ao amor do Nada. E desta queda é que começo a fazer minha vida. Com pedras ruins levanto o horror, e com horror eu amo. Não sei o que fazer de mim, já nascida, senão isto: Tu, Deus, que eu amo como quem cai no nada.


Clarice Lispector

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No Campo


Tarde. Um arroio canta pela umbrosa
Estrada; as águas límpidas alvejam
Com cristais. Aragem suspirosa
Agita os roseirais que ali vicejam.

No alto, entretanto, os astros rumorejam
Um presságio de noute luminosa
E ei-la que assoma – a Louca tenebrosa,
Branca, emergindo às trevas que a negrejam.

Chora a corrente múrmura, e, à dolente
Unção da noute, as flores também choram
Num chuveiro de pétalas, nitente,

Pendem e caem – os roseirais descoram
E elas bóiam no pranto da corrente
Que as rosas, ao luar, chorando enfloram.

Augusto dos Anjos

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Há Poetas Que São Artistas

E há poetas que são artistas
E trabalham nos seus versos
Como um carpinteiro nas tábuas!…
E há poetas que são artistas
E trabalham nos seus versos
Como um carpinteiro nas tábuas!…

Que triste não saber florir!
Ter que pôr verso sobre verso, como quem constrói um muro
E ver se está bem, e tirar se não está!…
Quando a única casa artística é a Terra toda
Que varia e está sempre bem e é sempre a mesma.

Penso nisto, não como quem pensa, mas como quem respira,
E olho para as flores e sorrio…
Não sei se elas me compreendem
Nem sei eu as compreendo a elas,
Mas sei que a verdade está nelas e em mim
E na nossa comum divindade
De nos deixarmos ir e viver pela Terra
E levar ao solo pelas Estações contentes
E deixar que o vento cante para adormecermos
E não termos sonhos no nosso sono.

Alberto Caeiro

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